Riscos profissionais de novo em debate nas 7ª Jornadas de Segurança e Saúde no Trabalho

“Segurança sem fronteiras” foi o tema da 7ª edição das Jornadas de Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho, que decorreram no Centro Cultural de Chaves.

“Se há uma coisa que não conhece fronteiras são os riscos profissionais. O que mata trabalhadores em Espanha é o mesmo que mata trabalhadores em Portugal”. Foi com este alerta que Luís Lopes, Coordenador Executivo para a Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho, abriu mais uma edição das Jornadas de Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho, na passada quarta-feira, 16 de Novembro, no auditório do Centro Cultural de Chaves. O objectivo? Esclarecer os cidadãos sobre a legislação, os programas e as metodologias de acção para a promoção de uma cultura de segurança e saúde no trabalho.

Na sessão de abertura, o presidente da Câmara Municipal de Chaves realçou a importância da troca de informações e experiências nesta área para que “as pessoas sintam que têm mais segurança, mais saúde e maior qualidade no exercício das suas funções no dia-a-dia”. Numa altura em que “o conjunto de regras na legislação laboral é cada mais restritivo” e os cidadãos “pagam mais impostos e têm menos rendimento”, é preciso “levar as pessoas a enfrentar as dificuldades e a ter esperança” no futuro, encorajou João Batista. “Já que temos menos compensações do ponto de vista económico, tentemos pelo menos ter saúde e segurança no trabalho”, rematou o autarca.

Também Luís Lopes lembrou que em tempos de crise “começa-se a cortar nas áreas não produtivas e a saúde e segurança no trabalho é uma delas”. Por isso, elogiou o “empenho” da autarquia flaviense nesta matéria e o facto de ter sido pioneira a abordar o tema da segurança rodoviária ocupacional (prevenção de acidentes de viação durante o desempenho da actividade profissional). O responsável sugeriu ainda a realização de um evento conjunto com o município de Verín no Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, celebrado a 28 de Abril.

Presença habitual desde a 1ª edição, Manuela Calado, Coordenadora Nacional da Agência Europeia para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, confirmou que Chaves “está na vanguarda” neste tema. A responsável alertou para a prevenção de acidentes nas actividades de manutenção e reparação, onde acontecem 10 a 15% dos acidentes mortais na Europa. Em tempos de crise, factores psicológicos como o stress e a depressão também foram levantados.

O programa das Jornadas contou ainda com intervenções de vários especialistas da Câmara de Chaves, do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (unidade de Chaves), da Escola Profissional de Chaves, da Guarda Civil de Ourense, entre outras entidades. Esta iniciativa da autarquia flaviense, que incluiu a III Semana da Educação e Segurança Rodoviária da Eurocidade Chaves-Verín, teve como parceiros a Autoridade para as Condições de Trabalho, a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, a Revista Segurança e a Eurocidade.

Fonte:  Diário  Atual

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