Explosão em restaurante do RJ deixou 3 mortos e 17 feridos

Rio de Janeiro/RJ - A Secretaria municipal de Saúde informou, na tarde desta quinta-feira (13), que 10 pessoas feridas na explosão em uma lanchonete permaneciam internadas. No total, 17 pessoas precisaram ser socorridas e sete já tiveram alta. Outras três morreram.

Entre os feridos, nove estão no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, e outro paciente grave foi transferido para o Hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul.

Dois internados no Souza Aguiar estão em estado grave e passam por cirurgia. Eles são funcionários do restaurante: uma garçonete e o chefe de cozinha. Segundo a secretaria, a jovem teve trauma no tórax e fratura de fêmur. O homem teve traumatismo craniano grave, trauma no tórax, fratura de fêmur e lesão ocular.

A pessoa ferida internada no Miguel Couto também seria funcionário do restaurante e sofreu traumatismo craniano, lesão no pescoço e lesão ocular. A secretaria informou que a maioria dos feridos sem maior gravidade teve escoriações e cortes pelo corpo.

Os mortos foram identificados como Matheus Macedo de Andrade, de 19 anos, o chef de cozinha da lanchonete Filé Carioca, Severino Antônio, e o sushiman Josimar.

Lanchonete estava irregular

O comandante do Corpo de Bombeiros e secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, afirmou que a lanchonete não tinha autorização para utilizar gás combustível e não tinha todos os papéis necessários para seu funcionamento.

Segundo o comandante, o condomínio entregou um projeto aos bombeiros para regularizar a segurança contra incêndio. Em agosto de 2010, a corporação emitiu um laudo de restrições. A partir daí, segundo Simões, cada loja deveria solicitar o certificado de aprovação para funcionar. Segundo Simões, no entanto, o restaurante não solicitou o documento e não poderia funcionar no edifício comercial.

"A edificação não foi aprovada para utilização de gás combustível, seja sob a forma de cilindros de GLP ou canalizado de rua, não sendo admitido abastecimento de qualquer tipo de gás combustível sem prévia autorização pela DGST", diz o laudo dos bombeiros. DGST é a sigla da Diretoria Geral de Serviço Técnico, um departamento do Corpo de Bombeiros.

O comandante dos bombeiros acredita que o prédio deva ficar interditado por pelo menos mais dois dias, já que todo o primeiro andar e o subsolo foram comprometidos de maneira extensa.

O local

A lanchonete Filé Carioca, que ficou totalmente destruída pela explosão, funcionava em um prédio de onze andares. Com o impacto da explosão, oito andares foram atingidos. O local fica na Praça Tiradentes, na Rua da Carioca, a 30 metros de um posto da Polícia Militar.

Uma funcionária da lanchonete contou que ela e mais três empregados sentiram um forte cheiro de gás ao chegar à lanchonete pela manhã. O chef de cozinha teria dito, então, para eles saírem do local. Pouco depois, houve a explosão e os três corpos foram arremessados a pelo menos 10 metros da lanchonete.

Sem gás canalizado
  
Companhia Distribuidora de Gás do Rio (CEG) disse, por meio de nota, que "desde 1961 não fornece gás canalizado para o prédio em que houve a explosão". A Companhia informou ainda que "foi acionada pelo Corpo de Bombeiros às 7h42 e que desde as 8h está no local, por medida de prevenção e segurança, e para prestar toda colaboração na identificação das causas do acidente".

Procurada pelo G1, a assessoria da Light informou que o fornecimento de energia é normal e que não tem qualquer responsabilidade no incidente.

Interdições


O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que foram interditadas as ruas Visconde de Rio Branco (na altura da Praça Tiradentes), da Carioca, da Assembleia, Avenida República do Paraguai (em frente à Rua Evaristo da Veiga, em direção à Rua da Carioca) e uma faixa da Rua do Lavradio (na altura da Avenida República do Chile).

Equipes da Prefeitura, como agentes da CET-Rio, Guarda Municipal e Comlurb, além de Bombeiros e Policiais Militares estavam no local, que permanecia isolado.

Como alternativa, os motoristas que circulam pelo Centro podem utilizar as avenidas Rio Branco, Almirante Barroso, República do Chile, além das ruas do Lavradio, do Senado, Vinte de Abril e Avenida Mem de Sá.



Uma câmera de monitoramento da Prefeitura do Rio registrou o momento da explosão ocorrida em uma lanchonete no Centro da capital fluminense.



Fonte: G1 RJ
Foto: Reprodução/TV Globo

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