Nova Norma Regulamentadora (NR) sobre abate e processamento de carnes e derivados deve entrar em vigor em março ou abril de 2013.

Uma nova Norma Regulamentadora (NR) sobre abate e processamento de carnes e derivados deve entrar em vigor em março ou abril de 2013, de acordo com o gerente jurídico, executivo e advogado trabalhista do Grupo JBS, Alexandre Perlatto. Neste mês, um Grupo Técnico Tripartite, composto por representantes do governo, indústria e trabalhadores, vai discutir detalhes sobre o texto da NR. "Depois, em março, será realizada a primeira reunião da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) do governo. Acredito que aí eles decidirão pela publicação", afirmou o executivo após participar do Congresso Nacional da Indústria da Carne, promovido pelo Informa Group.

Segundo Perlatto, o ponto mais polêmico da nova NR - com 35 itens, englobando 15 temas - é o que determina pausas obrigatórias dos trabalhadores para evitar lesões por esforço repetitivo (LER) ou outros males. A nova NR quer definir um tempo total de 60 minutos, variando entre três e seis paradas. "A indústria de bovinos e suínos já faz pausas de 30 minutos. Com a nova medida, teremos um aumento de custo de 50%", disse o executivo da JBS. Ele acredita que algumas regras terão prazo para ajuste, mas a maioria deverá ser aplicada imediatamente após a publicação. "No geral, acho que a nova NR é positiva, porque teremos clareza do que devemos seguir", declarou o executivo.

Pecuaristas

Quase seis meses à frente da diretoria de relacionamento com os pecuaristas do Grupo JBS, Eduardo Pedroso disse que as conversas com os fornecedores de matéria-prima estão melhorando. A empresa, juntamente com representantes de outras companhias e entidades do setor, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), está trabalhando em uma agenda positiva para a cadeia.

Segundo Pedroso, dentre as questões debatidas estão a confiança no peso no animal, a padronização na classificação e tipificação da carcaça, os esforços de marketing para propagar a qualidade da carne brasileira, a criação do Conselho de Preços do Boi (Consebov), entre outros. "Muito se fala também na criação da Agência Reguladora de Preços, mas é necessário primeiro nivelar as informações e conhecimentos entre os elos da cadeia para depois passarmos para essa etapa. O processo para melhorar a relação indústria-pecuaristas não está tão rápido, mas estamos evoluindo juntos", disse. "Nessa história não tem que ter um `mocinho` ou `bandido`. Tem que ter o comércio", ressaltou.

*Com informações da Estadão Conteúdo



Fonte: Globo Rural On-line*
Foto: Globo Rural On-line


 

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