O Banco do Brasil foi obrigado a pagar R$ 2 milhões de reais por assédio moral a seus funcionários. O caso foi julgado pela Justiça baiana. Além dos danos morais coletivos, a empresa terá de adotar uma série de medidas de reparação.
Vale ressaltar, que a decisão é válida para todo o país e em caso de descumprimento, uma multa de R$ 50 mil será aplicada para cada uma das obrigações. O Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA) moveu uma ação civil pública contra a instituição bancária em 2011, após denúncia do Sindicato dos Bancários. A indenização deve ser revertida para o Núcleo de Apoio e Combate ao Câncer Infantil (Nacci), em Salvador.
Ao final do processo ficou comprovado que o Banco do Brasil empregava condutas ofensivas aos funcionários para obter mais lucro. Entre elas estão a “ameaça de perda de cargo comissionado, pressão para prática de atos contrários a normas internas da instituição financeira, ridicularização pública, isolamento e quebra da comunicação do trabalhador com os demais empregados e colocação de apelidos depreciativos (dificultador, travador de crédito, etc)”.
A instituição bancária ainda foi obrigada a oferecer assistência médica, psicológica e/ou psiquiátrica gratuita para todos os empregados e ex-empregados que tenham sofrido violação em sua integridade física ou moral. O banco ainda deverá realizar uma campanha de conscientização interna, distribuição de cartilhas, realização de palestras sobre o tema. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), 66,4% dos bancários reclamaram de assédio moral.
Fonte: Bocão News
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