Presidente da ABHO diz que só a atuação multidisciplinar garante gestão de riscos eficaz


LUIZ CARLOS DE MIRANDA JÚNIOR - Presidente da ABHO diz que só a atuação multidisciplinar garante gestão de riscos eficaz.
Com uma formação abrangente que permeia Meio Ambiente, Segurança e Saúde do Trabalho e Higiene Ocupacional, o novo presidente da ABHO (Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais), Luiz Carlos de Miranda Júnior, 59 anos, natural de Limeira/SP, fala nesta entrevista sobre a importância da Higiene Ocupacional e sua interface com a melhoria dos ambientes de trabalho, a atuação dos profissionais da área, a gestão de riscos e os desafios que pretende assumir a frente da entidade.

Com formação nas áreas de Engenharia Ambiental, Civil, de Segurança do Trabalho e em Higiene Ocupacional, Miranda atuou em grandes empresas. Por 13 anos na fábrica de ônibus da Mercedez Benz em Campinas e por mais 13 na Riposa, grupo da área de celulose e papel, época em que sentiu necessidade de aprofundar seus conhecimentos, fez o curso então chamado de Segurança Integral, no Itsemap. Logo depois, em 1993, tomou contato com a ABHO obtendo a primeira certificação em HO. Depois teve uma trajetória marcante no grupo CPFL Energia, empresa da qual se desligou, porém permanece atuante no setor tendo assumido a gerência de SST da Fundação Coge (entidade que reúne as empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia elétrica) e a função de consultor de SST do Sindicato da Indústria da Energia no Estado de São Paulo. 

Miranda também é consultor de empresas nas áreas de SST, Meio Ambiente e Qualidade de Vida e professor de pós-graduação nas Faculdades de Tecnologia e de Engenharia Mecânica da Unicamp em Higiene Ocupacional e Engenharia de Segurança do Trabalho, respectivamente.

Sua gestão como presidente da ABHO iniciou em agosto deste ano e vai até agosto de 2021.

Qual a importância da ABHO para os profissionais que atuam no ramo da prevenção no país e o que significa para você estar à frente dela por três anos? 

A ABHO tem grande importância no desenvolvimento da Higiene Ocupacional no Brasil junto aos profissionais que atuam nesta área. Como professor das áreas de formação tanto da Engenharia de Segurança do Trabalho quanto da Higiene Ocupacional, se pode ver que por mais que se queira abranger HO dentro do curso de Engenharia de Segurança você acaba não conseguindo um aprofundamento tão grande em função da carga horária. Os assuntos abordados na Engenharia de Segurança são muito amplos. Temos hoje 36 NRs com espectros muito distintos, algumas voltadas para segmentos específicos e outras mais genéricas que se aplicam a todos os segmentos dentre elas, a NR 15, que é uma das mais robustas. Justamente pelo fato de a HO ser muito vasta e cada tema encerrar todo um mundo de conhecimentos, de técnicas muito específicas, as empresas que possuem interface com esses riscos têm que se aprofundar. Por isso que o que vemos na Engenharia de Segurança do Trabalho não é suficiente. É preciso agregar conhecimentos em higiene após concluir o curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. E aí entra o papel fundamental da ABHO em todas as ações que vem desenvolvendo...

Confira a entrevista completa na edição de NOVEMBRO da Revista Proteção 2018. 

Foto: Alexandre Gusmão

Entrevista à jornalista Daniela Bossle

Fonte:  Revista Proteção   



Outro assunto importante na Revista Proteção de Novembro/2018

Novas mudanças nos leiautes relativos à Segurança e à Saúde  no Trabalho e prorrogação de prazos para prestação das informações da área prevencionista geram questionamentos  

Novas alterações nos leiautes relacionados à Segurança e à Saúde do Trabalho no eSocial publicadas em setembro na versão 2.0 da Nota de Documentação Evolutiva 01 geraram muitas reclamações das empresas que estão se preparando para o início da obrigatoriedade do envio das informações. Menos de um mês depois, a resposta veio por meio da Resolução CDES nº 02, que prorrogou os prazos em até dois anos. 

Alguns comemoraram as novas datas, afirmando ter ganhado um novo fôlego para cumprir todas as demandas a tempo. Para outros, elas trouxeram descrédito ao novo sistema de escrituração digital. Teve os que se sentiram injustiçados por terem se organizado conforme o cronograma inicial e até quem passou a duvidar de que o envio dos dados de SST serão cobrados de fato.
Falando com membros dos Grupos de Trabalho do eSocial para entender as demandas que levaram às mudanças, a reportagem traz pontos que, segundo os especialistas, ainda precisam ser ajustados. Além disso, destaca questões referentes aos eventos e tabelas do eSocial que devem ser levadas em consideração pelos prevencionistas para garantir, não só o envio correto das informações, mas um ambiente de trabalho seguro e saudável.

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