O Porto de Santos recebeu, nos últimos dias, dois contêineres reefer (refrigerados) com relativo risco de explosão. Eles pertencem à armadora Maersk e foram desembarcados no Terminal de Contêineres (Tecon), unidade administrada pela operadora Santos Brasil. No último dia 4, por determinação da matriz da companhia de navegação, os dois cofres foram removidos para o dépot (depósito de vazios) da firma Brasmar, na Alemoa, onde permanecem desligados e isolados. Neste momento, os equipamentos não oferecem risco, de acordo com a companhia dinamarquesa.
A Tribuna pediu à Maersk autorização para fotografar os cofres, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição.
A medida de segurança foi tomada após três explosões de contêineres da armadora matarem três operários, sendo um deles brasileiro. O acidente, em solo nacional, ocorreu em Itajaí, em Santa Catarina, em 7 de outubro passado, em outra unidade da Brasmar, firmaligada à Maersk. O trabalhador Jefferson Andrietti, de 31 anos, teve 90% do corpo queimado e ficou internado por três dias, vindo depois a falecer. As outras duas mortes aconteceram no Vietnã, no Sudeste da Ásia.
Investigações feitas pela Maersk após os acidentes apontaram que as explosões foram causadas por problemas no sistema de resfriamento dos cofres. A empresa suspeita de reparos malfeitos neles quando estavam em um estaleiro do Vietnã. Segundo nota emitida pela Maersk na última segunda-feira, contêineres receberam gás contaminado.
Como medida cautelar, a armadora recolheu, em todo o mundo, 844 contêineres reefer que passaram por manutenção no mesmo estaleiro, no período de 30 de março a 25 de abril deste ano. Neste rol, estão os dois cofres que chegaram a Santos – segundoaempresa,osúnicos do lotet ransportados para o Brasil.
De acordo com a armadora, os dois contêineres estão desligados e não oferecem risco.
O medo de novas explosões causou greves em portos dos Estados Unidos no mês passado. Segundo o Journal of Commerce, veículo norte-americano especializado em comércio exterior, portuários de Seattle e Oakland se recusaram a trabalhar devido ao risco de novas explosões em contêineres refrigerados.
Pressões de sindicatos estrangeiros obrigaram a Maersk a tomar ações de segurança, como a retirada dos contêineres do mercado e a notificação de autoridades, terminais e parceiros em todo o mundo.
Para evitar problemas semelhantes, a armadora APL, dos Estados Unidos, anunciou aretirada de 100 cofres de circulação para averiguação.
Localfrio
No Porto de Santos, um terceiro contêiner reefer é mantido isolado dos demais no terminal da Local frio,em Guarujá. A Tribuna apurou que o cofre não pertence à Maersk, mas à Evergreen. Ele foi separado dos demais a pedido da armadora. A Reportagem procurou o responsável pelo setor de contêineres da Grieg, firma que trabalha com a companhia de navegação de Taiwan, mas ele não foi encontrado.
Segundo o gerente-geral da Localfrio, Luis Ortiz, a carga é de importação. O equipamento é mantido ligado e não tem data para deixar o complexo. “Isto (remoção do contêiner) é definido pelo armador, pela Receita (Federal) ou pelo dono da carga. Nosso setor de segurança do trabalho o deixou segregado para evitar riscos ao nosso pessoal”, explicou.
Não se sabe se o contêiner foi segregado por ter passado pelo mesmo estaleiro no Vietnã ou como simples medida de segurança.
Contêineres reefer são utilizados para transportar cargas alimentícias, como frutas e carnes, que necessitam de um ambiente climatizado. Para isso, são dotados de um sistema de refrigeração, alimentado por energia elétrica, e permanecem ligados a tomadas especiais tanto a bordo dos navios, quanto nos terminais portuários.
A Tribuna pediu à Maersk autorização para fotografar os cofres, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição.
A medida de segurança foi tomada após três explosões de contêineres da armadora matarem três operários, sendo um deles brasileiro. O acidente, em solo nacional, ocorreu em Itajaí, em Santa Catarina, em 7 de outubro passado, em outra unidade da Brasmar, firmaligada à Maersk. O trabalhador Jefferson Andrietti, de 31 anos, teve 90% do corpo queimado e ficou internado por três dias, vindo depois a falecer. As outras duas mortes aconteceram no Vietnã, no Sudeste da Ásia.
Investigações feitas pela Maersk após os acidentes apontaram que as explosões foram causadas por problemas no sistema de resfriamento dos cofres. A empresa suspeita de reparos malfeitos neles quando estavam em um estaleiro do Vietnã. Segundo nota emitida pela Maersk na última segunda-feira, contêineres receberam gás contaminado.
Como medida cautelar, a armadora recolheu, em todo o mundo, 844 contêineres reefer que passaram por manutenção no mesmo estaleiro, no período de 30 de março a 25 de abril deste ano. Neste rol, estão os dois cofres que chegaram a Santos – segundoaempresa,osúnicos do lotet ransportados para o Brasil.
De acordo com a armadora, os dois contêineres estão desligados e não oferecem risco.
O medo de novas explosões causou greves em portos dos Estados Unidos no mês passado. Segundo o Journal of Commerce, veículo norte-americano especializado em comércio exterior, portuários de Seattle e Oakland se recusaram a trabalhar devido ao risco de novas explosões em contêineres refrigerados.
Pressões de sindicatos estrangeiros obrigaram a Maersk a tomar ações de segurança, como a retirada dos contêineres do mercado e a notificação de autoridades, terminais e parceiros em todo o mundo.
Para evitar problemas semelhantes, a armadora APL, dos Estados Unidos, anunciou aretirada de 100 cofres de circulação para averiguação.
Localfrio
No Porto de Santos, um terceiro contêiner reefer é mantido isolado dos demais no terminal da Local frio,em Guarujá. A Tribuna apurou que o cofre não pertence à Maersk, mas à Evergreen. Ele foi separado dos demais a pedido da armadora. A Reportagem procurou o responsável pelo setor de contêineres da Grieg, firma que trabalha com a companhia de navegação de Taiwan, mas ele não foi encontrado.
Segundo o gerente-geral da Localfrio, Luis Ortiz, a carga é de importação. O equipamento é mantido ligado e não tem data para deixar o complexo. “Isto (remoção do contêiner) é definido pelo armador, pela Receita (Federal) ou pelo dono da carga. Nosso setor de segurança do trabalho o deixou segregado para evitar riscos ao nosso pessoal”, explicou.
Não se sabe se o contêiner foi segregado por ter passado pelo mesmo estaleiro no Vietnã ou como simples medida de segurança.
Contêineres reefer são utilizados para transportar cargas alimentícias, como frutas e carnes, que necessitam de um ambiente climatizado. Para isso, são dotados de um sistema de refrigeração, alimentado por energia elétrica, e permanecem ligados a tomadas especiais tanto a bordo dos navios, quanto nos terminais portuários.
Fonte: A Tribuna.com.br
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