Cresce o número de casos de depressão de funcionários por pressão no trabalho.

por
Maíra Côrtes


Pressão para entregar relatórios, para atingir metas, assédio moral e sexual estão entre os principais motivos para o aumento do pedido de auxílio-doença nos casos de depressão no ambiente de trabalho. Segundo informações do Ministério da Previdência Social, em 2013, 61 mil pessoas receberam o benefício, um aumento de 5,5% de afastamento por episódio depressivo, em relação a 2012.
 
O estado para onde mais saiu o auxílio-doença foi São Paulo, com 18.888 concessões do benefício em 2013.  A Bahia não está entre os que mais requisitaram o benefício, mas foi contabilizado um aumento de 990 autorizações em 2012, para 1.097  em 2013 por causa de depressão, em 2013. Todos os casos estão diretamente relacionados a episódios depressivos. Os outros motivos foram por causados por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de drogas lícitas e ilícitas.
 
Segundo a professora de psicologia da Unifacs, Ana Maria Garrido, normalmente sujeitos mais vulneráveis não suportam a pressão no ambiente de trabalho, vindo a agravar o quadro com a falta de controle e a falta de apoio dos colegas. “As relações precisam ser muito saudáveis no trabalho porque é lá que o indivíduo passa a maior parte do tempo, normalmente, e tem a ocupação como uma válvula de escape”, afirma.
 
Mas a psicóloga faz um alerta para os colegas. “Se a pessoa perceber que o colega está com um comportamento muito introspectivo, como uma tristeza profunda, mostrando desinteresse, falta de cuidado, é hora de ajudá-lo. Quem for mais próximo deve indicar o apoio de um profissional para que o tratamento seja realizado o quanto antes”, explica.
 
Outro fator importante que a professora ressalta é o cuidado que os colegas devem ter com um colega em depressão. A banalização da situação pode agravar ainda mais o quadro do paciente, que, naquele momento, precisa de ajuda. Por isso é preciso ficar atento a sintomas como a diminuição ou perda de humor, diminuição do desempenho de atividade, queda de autoconfiança, queda da capacidade de concentração. Além de fadiga, problemas de sono e diminuição de apetite.
 

Fonte: Tribuna da Bahia

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